quinta-feira, 12 de novembro de 2009

. Ao meu pequeno .

"Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim, que nada nesse mundo levará você de mim."

Hoje no caminho de casa, depois que desci do ônibus, pensei: E se eu não voltasse pra casa hoje, nunca mais? Juntamente veio que tenho medo da morte, muito mais de não saber como vai ser com quem vai ficar aqui. Daí lembrei de você, meu pequeno. Pensei que se eu não voltasse nunca mais pra casa, você ia perguntar, igualzinho quando durmo fora de casa: Vovó, cadê tia Vanessa? E isso me doeu tanto. Meus olhos encheram de lágrimas, como tá acontecendo agora.
Você ainda não entende a morte, meu amor, mas já sabe sentir saudade. Saudade é quando você olha no quarto, na casa, nota minha ausência e quer saber por onde ando. E saudade também é quando às vezes venho correndo no caminho, pra ver se ainda te encontro acordado. E como quase nunca acontece, não deixo de ir te ver dormindo, protegido do mundo.

Com amor,

Titia



Ao meu sobrinho mais velho de 2 verões.

6 comentários:

Mafê Probst disse...

lembrei da minha pequena, e isso me doeu também.

Paula disse...

a morte é como um piscar de olhos. No entanto a saudade...

(...)

Ana Yasha disse...

Ah, vestibular deixa qualquer um à flor da pele... As provas em Campina Grande não foram tão boas, o nervosismo não ajudou, nem o tempo, mas elas não foram boas no geral, então é só esperar pra ver se passo e fazer a segunda fase de provas... A daqui do UFRN é no próximo final de semana, daí estou tentando ficar mais calma dessa vez e rever algumas coisas que eu dei bobeira...

Quando ao texto, que coisa mais linda de se ler, de sentir, e de se imaginar ali no lugar... Tenho três sobrinhas. A mais nova (2 anos) mora distante, mas sempre falo com ela por telefone, e pelo menos umas ou duas vezes ao ano ela vem aqui; é um amor de inteligência. Com as outras duas tenho uma relação muito próxima, e essa saudade, esse procurar saber onde está e esse correr pra ver se alcança acordado, eu sei bem como é; e como é bom saber, flor. Como é bom... E sabe? Também me dá sim esse medo, vez em quando, de como será quando eu não estiver, com quem vai permanecer... Mas sabe, tem muita água pra rolar, (nunca se sabe, mas é o que todo mundo espera), e pensando assim nem adianta pensar em números, anos, dias... Vamos vivendo um a um e ver o que nos espera na próxima esquina.

Beijo, flor. E boas provas pra você, que fique bem calminha pra dar tudo certo. :*

Day Pinheiro disse...

Sabe, ainda não sei como é amor de mãe, mas acho que de tia tá bem próximo, porque amo infinitamente os trÊs que tenho.

Day Pinheiro disse...

Sabe, ainda não sei como é amor de mãe, mas acho que de tia tá bem próximo, porque amo infinitamente os trÊs que tenho.

Camila disse...

sem palavras, lindo :)